Já diziam os Gato Fedorento, falam falam mas não os vejo a fazer nada!!!
A questão que coloco é a seguinte, será que vale mesmo a pena fazer alguma coisa?
A campanha do Pingo Doce rendeu uns meros 11 milhões de euros aos cofres do grupo Jerónimo Martins num só dia, e como ouvi dizer num dos vários noticiários sobre o assunto, reembolsou exactamente a quantia que o Estado pretende reaver com a nova taxa de segurança alimentar que vai cobrar à grande distribuição. Contudo, e segundo o Jornal Expresso, Soares dos Santos conta com um impacto negativo de 13 a 17 milhões de prejuízo, partilhada também com multa que recairá aos fornecedores no valor de 3 milhões de euros.
Olhando assim e de um modo subjectivo, podemos perceber que afinal esta campanha não trouxe nada de positivo para o Pingo Doce, pelo contrário, apenas prejuízo financeiro, não falando ainda no que está para vir com as chamadas leis da Concorrência, do conceito Dumping (situação em que o produto é vendido por um preço inferior ao seu custo de produção ou de aquisição) que ainda aguarda pela acção da ASAE e dos vários sindicatos.
Posto isto, e sem poder ou conhecimento exaustivo da coisa, a meu ver existem várias coisas boas a realçar e a serem ditas e debatidas.Primeiro, o facto do "sucesso" da campanha dos 50% ter sido feita sem recorrer aos chamados meios normais de publicidade, apenas utilizou-se o boato, o de boca em boca, eu fiquei a saber no dia anterior porque uma amiga de uma amiga minha lhe disse. Isto prova que nem sempre precisamos de utilizar mais/melhores meios de publicidade para alcançar os objectivos empresariais.
Segundo, o lucro (financeiro) nem sempre representa um objectivo primordial, existem outros ganhos que nem sempre passa pelo dinheiro. Neste caso particular e na minha opinião ganhou como responsável social, ou seja, aproveitou a conjuntura nacional em que certas famílias encontram-se em grandes dificuldades económicas e AJUDOU-AS. E eu acho que é aqui que muita gente (políticos, sindicatos, etc) que vem para televisão falar de toda a ilegalidade subjacente a esta campanha se esquece, vivemos momentos complicados, há pessoas que não têm o que colocar numa mesa para comer, isto sim é preocupante, pais que não têm o que dar aos filhos, idosos sem conseguirem fazer 2 refeições diários, isto sim é preocupante e lamentável. Estamos todos a pagar por erros que não comentemos, vemos nos a ter de ajudar o Estado a ultrapassar gastos com o nosso dinheiro, aquele que nos esforçamos todos os meses a conquistar com o nosso suor. Fala-se agora da ilegalidade que foi feita segundo a lei da concorrência que o Pingo Doce incorre, e eu pergunto, FAZ SENTIDO FALAR DE ILEGALIDADES (MULTAS) QUANDO O QUE SE ESTÁ A FAZER É MELHORAR UM POUCO A VIDA DOS PORTUGUESES?
Tomará a muitas famílias que estas campanhas ocorressem mais vezes, oportunidades destas são para aproveitar.
Vimos este natal passado a ser nos cortado em 50% do nosso subsidio de natal, e eu pergunto, SERÁ LEGAL OU MORALMENTE FALANDO, PAGARMOS POR ERROS QUE NÃO COMETEMOS?
Onde eu quero chegar e eu espero que percebam isto é o seguinte, houve mudanças no nosso modo de vida por causa da crise, porque é não há mudanças legais quando o que se está a debater a vida dos portugueses?
Com o passar dos tempos ocorrem ajustes e isto pode acontecer por vários motivos, desde razões sociais como por exemplo o casamento homossexual porque as mentalidades mudam, razões económicas como por exemplo o aumento do IVA dada a conjuntura nacional, sao inúmeras as razões que podem ser dadas e discutidas, contudo não vejo nenhuma a ser feita para melhorar a nossa vida.
Numa altura que a crise instalou-se, deve haver um contrabalanço e a alteração de leis para que possamos com aquilo que cada um ganha poder viver da melhor maneira possível é a melhor maneira de ultrapassar certos obstáculos quotidianos, nomeadamente, alimentação
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